BREVE HISTÓRIA DO GRUPO CULTURAL E DESPORTIVO DOS TRABALHADORES DO GRUPO BESCL / BES / novobanco
O GCDTGnovobanco – Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Grupo novobanco iniciou a sua atividade no longínquo ano de 1936, sob a direção do Sr. Augusto Vilela, o qual foi, nessa altura, nomeado diretor do Grupo Desportivo pela Direção de Pessoal, pois o Grupo Desportivo dependia diretamente dessa Direção, sendo parte integrante da sua estrutura. Esta situação manteve-se até ao 25 de abril de 1974, data a partir da qual, resultante da conjuntura que se vivia no País, se deu a sua separação da estrutura direta, passando a ser uma Associação autónoma de direito jurídico, com os seus respetivos Órgãos Sociais, eleitos pelos seus Associados, pelo período de três anos.
Em 2008, na sequência de uma revisão estatutária, o mandato dos Órgãos Sociais passou de três para quatro anos.
É de realçar que o Grupo Desportivo, nos primeiros anos da sua implantação, anos 40 e anos 50, tinha como principal atividade a realização e promoção dos bailes tão em voga àquela data.
Por volta dos anos 50 e 60, foram admitidos praticantes de algumas modalidades externas ao Grupo Desportivo que passaram a ser colaboradores de empresas relacionadas, com o objetivo de integrarem as modalidades similares existentes no Grupo Desportivo, a fim de as tornar mais dinâmicas e competitivas.
A qualidade na execução e na competitividade de algumas modalidades desportivas, como: o andebol, o futebol, o basquetebol e o hóquei em patins, e na sequência de intercâmbios com outras instituições, levou à sua deslocação a Madrid – Espanha, a fim de participar em Torneios Bancários, organizados por instituições parceiras, com início em 1963 e realizados nos anos ímpares.
O último torneio em que as equipas portuguesas estiveram presentes teve lugar, em junho de 1973, no qual participaram equipas de 14 países. Foram 6 as deslocações em representação do Grupo.
Damos nota das modalidades participantes, nesses torneios, enumerando alguns dos nomes dos seus executantes:
Andebol: Entre outros – António Gonçalves; Carlos Fernandes; Carlos Frazão; Helder Dias; Libério Xistra; Luís Gil Dias; Luís António; Moisés Santos; Luís Primavera Nunes; Raúl Lopes e Ricardo Pernes.
Basquetebol: Entre outros – António Pereira Gonçalves; Adérito Vitória; Barroca; Carlos Garcia; Carlos Manata; Fernando Brites; Gastão Marques; Hedgar Silva; Hedmundo Silva; Hilário Silva; José Graça; José Maria; José Maria Guedes; Manuel Gastão; Pedrosa e Teodemiro.
Futebol: Entre outros – Adelino Simões; Agostinho Brica; Alfredo Nunes; Antero Rodrigues; António Boavida; António Cecílio; Aúreo Pinto; Barbosa Lopes; Cesarino Carneiro; Ezequiel Pardal; Fernando Costa Rodrigues; Joaquim Mota; José António Antunes; José Barata; José Costa; José Ferro; José Pampulim; José Saraiva; Manuel António Santos; Manuel Ferreira; Marcos Torcato; Mário Belchior; Mário Meneses; Nelson do Ó; Orlando Bajanca; Óscar Galinho; Rui Piedade e Victor Cruz.
Hóquei Patins: Entre outros – Cipriano Santos (treinador); Alfredo Neves; Carlos Garrancho; Cristiano Pereira; Fernando Costa Rodrigues; Fernando Curado; Fernando Marques; Gilberto Borges; Leonel Costa; Luís Daniel; José Tibúrcio; Rui Faria; Rui Soares; Vítor Ferreira; Victor Lopes; Victor Marques e Vladimiro Brandão (jogadores).
Referenciam-se estas modalidades e os seus executantes, correndo, certamente, o risco de faltarem alguns dos nomes que fizeram parte das mesmas, mas entendemos útil e oportuno fazer esta menção pois são atividades que remontam aos anos 60 e aos primeiros dos anos 70 do século anterior já lá vão 50 a 60 anos. Quando nos referimos ao passado do Grupo Desportivo temos que, inexoravelmente, falar deste período.
A sede do Grupo Desportivo, aquando da sua fundação em fevereiro de 1936, situava-se no primeiro andar do edifício onde se encontrava a sua agência em Alcântara. Nos seus primeiros anos de existência, décadas de 40 e de 50, o Grupo Desportivo tinha como principal atividade a promoção e a realização de bailes tão em voga àquela data.
Com a mudança de regime – queda do Estado Novo – em 25 de abril de 1974, com a consequente democratização do País, e, muito em particular, com a mudança da sua sede, em 1979, para a Rua D. Luis I, 27, em Santos, cujas instalações permitiram a criação de salas: para o funcionamento dos serviços de secretaria; para a realização das reuniões da sua Direção e restantes Órgãos Sociais; para os diretores desenvolverem os seus trabalhos e a adaptação adequada de outros espaços, com a criação: de um ginásio polivalente, utilizado para a prática de ginástica, karaté e judo; de um espaço para o exercício de musculação, devidamente equipado; de um pavilhão desportivo para a prática de várias modalidades; de três balneários; de um auditório com lugares sentados, para 300 pessoas, apetrechado com equipamento para a projeção de filmes; de um parque de estacionamento para 30 viaturas; de um enorme espaço onde foi instalada uma cozinha e, no qual, eram servidas refeições aos associados, tendo sido criado, ainda, um espaço que funcionava como economato.
Estas condições materiais e estruturais permitiram e viabilizaram um enorme incremento na criação de novas modalidades de âmbito desportivo e de novas atividades de âmbito cultural e social, que seguidamente enumeramos.
No âmbito cultural: Destacamos a realização de passeios temáticos a vários pontos do país; as viagens ao estrangeiro; as sessões de poesia; de fado e de música diversa; concursos de poesia; de pintura e de fotografia realizados no auditório. Tivemos, também, um grupo musical, que editou um CD – CANTOS do nosso CANTO – e um grupo de teatro. O folclore, outra das atividades promovidas pelo Grupo Desportivo, foi representado e divulgado pelo Grupo de Danças e Cantares, que levou a atividade a diversos lugares de Portugal e estrangeiro, nomeadamente, Palma de Maiorca, nos anos de 1997, 1999, 2001 e 2003, onde, competindo durante nove dias com cerca de 50 grupos de folclore oriundos de outros tantos países, trouxe um 3.º, um 2.º e dois 1.º lugares, que muito honraram e dignificaram o folclore e o País, o Grupo desportivo e o Banco. Deslocou-se, ainda, a Londres e a Paris, a convite das comunidades portuguesas de emigrantes, ali residentes, e participou, também, em dois Festivais de Folclore, que tiveram lugar na Cecília – Itália, de onde trouxeram duas Menções Honrosas.
O Grupo de Folclore promove e divulga os usos, os costumes e as tradições das gentes da região minhota (Alto e Baixo Minho).
Na área social: Tem desempenhado um papel de enorme relevo, no âmbito da ocupação de tempos livres, para os filhos dos colaboradores, quer no país, quer no estrangeiro, envolvendo, em 2015, 390 crianças. O Grupo Desportivo tem, também, promovido e comparticipado as atividades de: natação; yoga; krav maga; pilates; shiatsu, entre outras. Atividades de grande aceitação e com uma forte participação dos associados.
Anualmente, realiza o Encontro de Veteranos, que envolve os praticantes das várias modalidades desportivas, e realiza, também, o encerramento anual das várias modalidades do mesmo âmbito.
Organizou e desenvolveu toda a logística, durante vários anos, inerente às Festas de Natal para os filhos dos colaboradores, as quais eram custeadas pela empresa e, entretanto, interrompidas em 2014. Nos últimos anos foram reiniciadas as Festas de Natal, que tiveram lugar em Lisboa, Porto e Madeira, e no presente ano de 2024 também nos Açores, sendo da exclusiva iniciativa e responsabilidade do Grupo Desportivo que custeia a sua realização.
Na área desportiva: As atividades que o Grupo Desportivo tem levado por diante, as quais assumiram um enorme relevo, nomeadamente, as modalidades de: andebol; atletismo; basquetebol; bowling; caminhadas; ciclismo; futebol 11; futsal, ginástica; golfe; hóquei; karting; karaté; musculação; pesca; rally paper; remo; ténis juvenil e sênior; ténis de mesa e tiro aos pratos, entre outras. No âmbito destas modalidades, o Grupo Desportivo tem promovido e realizado diversos torneios.
A envolvência e a dinâmica abordadas anteriormente sofreram algum revés com as mudanças organizacionais, o que levou à necessidade de adaptações, como a mudança de instalações, numa primeira fase, em 2014, para a Avenida Infante D. Henrique, n.º 343, e, posteriormente, em 2019, para um edifício no Taguspark, onde se encontra presentemente nas instalações do Campus novobanco.
No decurso da sua existência, o Grupo Desportivo foi, sempre, adaptando a sua denominação social, ajustando-se ao contexto da denominação do Banco e às necessidades dos seus associados.
Falamos de uma organização com uma história longa, que, ao longo de 88 anos, tem desempenhado um papel de extrema relevância para os seus Associados, o que muito honra os seus corpos diretivos, que deram e continuam a dar o seu melhor na prossecução dos objetivos traçados e na sua concretização, contando apenas e só com a estima e com a consideração de quem serviram e de quem servem.
O lema das suas diferentes Direções e dos Órgãos Executivos tem sido proporcionar aos Associados, nos seus momentos de ócio e de lazer, atividades que procuram ir ao encontro das suas aspirações. Estão sempre recetivos à análise e à possível implementação de outras atividades que venham a ser apresentadas pelos Associados, desde que se enquadrem no âmbito estatutário e orçamental, bem como na aceitação da sua colaboração para a concretização.
Trata-se de um Grupo Desportivo, com uma já longa história. São 88 anos de existência no decurso dos quais se desenvolveram várias atividades e foram prestados inúmeros serviços de uma enorme qualidade aos seus associados.
Saudações associativas,
Oeiras, 30 de janeiro de 2025
Elemento da Mesa da Assembleia Geral
Manuel Serras