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Visita à Casa Estúdio Carlos Relvas na Golegã e à Casa dos Patudos em Alpiarça

Visita à Casa Estúdio Carlos Relvas na Golegã e à Casa dos Patudos em Alpiarça

No âmbito da Área Cultural, na qual se integram as visitas e passeios que o Clube novobanco organiza, efetuámos no passado dia 19 de novembro de 2022 a visita à Casa Estúdio Carlos Relvas, na Golegã e à Casa dos Patudos, em Alpiarça, com um grupo de 34 pessoas incluindo colegas, familiares e amigos.

Iniciámos este percurso pela Casa Estúdio Carlos Relvas, na Golegã, a qual foi mandada construir pelo lavrador, cavaleiro e criador de cavalos, músico e inventor Carlos Relvas, nascido nesta localidade em 1838. Esta casa foi construída de raiz, entre 1871 e 1875, com a finalidade de acolher um laboratório e estúdio de fotografia, que estava na altura a dar os primeiros passos e da qual Carlos Relvas era um grande amante. Esta foi uma visita guiada pela técnica da Casa Estúdio, que nos cativou a todos com a sua simpatia.

Dirigimo-nos depois a Alpiarça onde almoçámos no restaurante da Reserva Natural do Cavalo do Sorraia, perto da Barragem dos Patudos, nesta localidade.

Ao almoço fomos presenteados com um prato tradicional da região (borrego à moda de Alpiarça), que muito nos agradou.

A parte da tarde reservou-nos a visita guiada à Casa dos Patudos, em Alpiarça, propriedade de José de Mascarenhas Relvas, republicano convicto, que foi quem proclamou a República da varanda da Câmara Municipal de Lisboa no dia 5 de outubro de 1910. É curioso referir que José Relvas era filho de Carlos Relvas, cuja relação entre ambos se deteriorou visto Carlos Relvas ser monárquico e o seu filho ser republicano, mas mais principalmente porque Carlos Relvas casou-se em segundas núpcias após a sua esposa e mãe de José Relvas ter falecido, o que este nunca aceitou. Feitas as partilhas por Carlos Relvas, calhou a José Relvas uma casa na Golegã, seu local de nascimento em 1858, que foi por ele vendida para construir a Casa dos Patudos. Esta casa foi obra do arquiteto Raúl Lino e o seu nome advém do facto de no local existirem muito patos visto ser uma zona muito alagada.

A casa, de 110 divisões, tem uma rica e vasta coleção composta por pintura, escultura e artes decorativas. O Arquivo Histórico da Casa dos Patudos preserva um acervo documental legado por José Relvas o qual, por testamento lavrado em 1928, legou a Quinta dos Patudos, a Casa, a coleção de arte, a biblioteca e o arquivo, ao Município de Alpiarça, impondo que a residência fosse conservada como museu e mantivesse a designação de Casa dos Patudos. José Relvas faleceu em 1929.

Nesta visita fomos guiados pelo Dr. Nuno Prates, historiador e diretor da Casa dos Patudos, que nos deu uma explicação muito pormenorizada sobre todo o seu acervo.

As duas fotos que anexamos mostram o grupo na escadaria da Casa Estúdio Carlos Relvas e no pátio de entrada da Casa dos Patudos.

José Esteves
ÁREA CULTURAL

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